quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Caminhos - parte final.

Mas, mesmo meu alvo estando ligeiramente próximo a mim, me senti como se caísse de um edifício de 20 andares, senti o vento me nocautear por todos os lados e minha camisola ir junto com ele numa descida lenta. Ouvi a melodia do piano que vinha da caixinha de música da mesa velha, junto com as portas batendo e caindo aos pedaços. Fechei os olhos enquanto não sentia minha aterrisagem. E não pensei em nada. Pela primeira vez, minha mente estava vazia.
Abra os olhos, meu amor.
A voz doce e ainda risonha chegou até meus ouvidos. Foi quando percebi que meu momento de paz havia terminado. E não fora um desastre, ninguém caiu no chão, muito menos se feriu. E estava em seus braços, mais uma vez, enrroscada em seu pescoço, a olhando como uma criança que passa por um ursinho de pelúcia e se encanta.
Vamos para casa.
E por fim, eu encontrei a saída para um novo começo, e não uma entrada. A menos óbvia e mais incompreensível. A minha saída.




Um comentário:

  1. Porque tantas vezes a saída se disfarça de entrada e a gente inverte os papéis sem nem notar...

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