Não dá pra olhar para os lados e não chorar. De medo, de tristeza. Por estar perdida. Preciso de uma sociedade que me ampare, que tenha algo para oferecer a mim, que não me deixe desistir na dificuldade me motivando a isso. E não sou só eu que necessito.

Eu não quero fazer as coisas do jeitinho brasileiro. Também não gosto de ficar por aí como se fosse um arco-íris ambulante usando óculos de grau sem as lentes. Prefiro roupas confortáveis a ficar me espremendo em um tubinho. Tenho mais a dizer do que muitos que ficam por aí gastando salíva. Gosto de pessoas fora do padrão, e daquelas que seguem o sistema, mas no fundo só foram apenas levadas a fazer isso, pois comigo elas são apenas elas mesmas. Música pra mim tem que tocar a alma, tem que ter vida própria, tem que fazer rir e chorar ou as duas coisas ao mesmo tempo. Tem que marcar gerações e momentos da trajetória de muita gente. Palavras tem que ser ditas com o olhar, mesmo que quem leia ou ouça não esteja o vendo. Quero ganhar dinheiro por mérito, e não porque tenho um rostinho bonito, apesar de isso ajudar sempre, não é, de fato, o mais importante. Espero muito das pessoas e preciso parar um pouco com isso, algumas simplesmente não tem nada a oferecer.

Quero casar, ter filhos - um casal - , uma casa bonita e confortável, bichinhos de estimação e ter pelo resto dos meus dias, minha esposa do lado. Sim, de mãos dadas comigo. E ai de alguém se contestar contra isso e vier dizendo hipocrisias.

Minha maior vontade como cidadã é ter uma oportunidade de, pelo menos, influenciar as pessoas a ler para passarem a pensar sobre a vida. Ela é tão curta, em vista do que se pode fazer com ela. Por favor, me deixem em um lugar onde eu possa faze-la valer a pena. Ou então façam valer a pena permanecer no mesmo lugar.

" Livros não mudam o mundo.

Quem muda o mundo são as pessoas.

Os livros só mudam as pessoas. " ( Mário Quintana )