quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

words

Talvez uma relação assim seja tão dificil de se prolongar que é melhor deixar pra lá. Para os outros, não pra mim.
Talvez as pessoas me achem boba, doida, quem sabe até sonhadora demais. Não me importo, eu sou assim. Sempre fui. Mas isso não quer dizer que eu não tenha noção da proporção desse sentimento alimentado por palavras de amor. Palavras... Que tem um peso muito maior do que qualquer outra coisa nesse mundo. Uma palavra mal dita chega a doer bem mais que vinte pessoas te batendo ao mesmo tempo. Porque não dói fisicamente, dói na alma.
Palavras escritas com certeza, com paixão, tem a mesma finalidade - de ser mais forte do que qualquer outra coisa física - mas ela não dói. Eu não chamaria isso de dor. Aquele nó na garganta, o frio inconfundível na barriga, o transpirar das mãos.. Como se ela estivesse bem aqui, na minha frente. Me faz querer chorar. Lágrimas que escorrem pedindo por ela, para que ela mesma possa as enchugar. Em todas as vezes chorar nada resolveu, mas joga um certo peso pra fora, alivia. E isso me faz sorrir, o semblante dela em meus olhos quando os fecho me faz sorrir.
Pode chamar de felicidade se quiser.
Sim. Só ela tem o dom de me faz feliz sem ao menos me tocar, eu não preciso sequer ouvir sua voz. Basta saber que ela existe, que tudo que ela me escreve é verdadeiro e que ela espera por mim. Pois eu espero por ela. A cada minuto. Como se fosse um cronômetro regressivo, meu inconsciente marca os dias em que fico esperando olhar nos olhos dela.
Tão delicada, parecendo ser tão macia de pele clara. Tão única. E tão minha...
Talvez seja esse mês, talvez demore mais.
Talvez...
Mas o que eu sei ao certo é que certo dia ela chegará e certa de que certamente ela retribuirá, cercarei seu corpo junto ao meu, na certeza de um beijo ganhar.
Mas enquanto espero.. As palavras me confortam, criam formas e me distraem no mundinho que ela mesma criou, só pra nós duas.

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