sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O que se faz na ausência.

Ela foi pra dançar. E foi o que fez, por aproximadamente quatro horas seguidas com direito a alguns minutinhos de descanso durante as músicas mais calmas. Deu tanta risada que sua barriga parecia ter sofrido sessões de abdominais. Bebeu até suas pernas adormecerem parcialmente e seus movimentos ficarem mais bruscos, suas pálpebras caírem levemente e sua voz se elevar mais que o necessário. Empurrou uma lista de rapazes e garotas que passavam por ela, tentando tirar proveito da situação. Gritou com uns e outros. Gritou com ela mesma. Chutou os próprios pés. Se reergueu no meio da pista. Não deixava nem um instante seu copo vazio. Se perdeu das amigas por cinco vezes e as reencontrou por nove. Sentiu as vibrações de cada balada que envolvia aquela noite, se deixou levar pela aglomeração. Se perdeu por... Bom, isso ninguém conseguiu contar.
E quando ela conseguiu se encontrar já estava deitada em sua cama, abraçada a seu velho travesseiro que lhe trazia um certo conforto caseiro, esperando que as paredes parassem de brincar de pega pega. Em pouco tempo se viu perdida em pensamentos que a levaram para um sonho onde nada daquilo havia existido, apenas a presença da pessoa que faz seu coração bater mais forte e mais feliz em algum lugar desconhecido, em que ela era simplesmente quem ela queria ser.
Acordou aos prantos, porque não queria acordar. Mas daí recebeu a ligação de quem habitava seus sonhos e concluiu: Ela tinha que acordar.
E sorriu.

Um comentário:

  1. Eu acredito sempre que nada é por acaso! :D
    Muito bacana seu post, as palavras...

    Amo as borboletas e as borboletras!
    Gostei bastante do seu cantinho.
    Tenho até um post recente que conta sobre mudança e 'acreditar' relacionando borboletas! ^^

    Tudo de bom pra vc.
    beijo.

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