segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Conhecimento a mais nunca é demais

Talvez tenha sido o dinheiro, o atrativo. E foi.
Talvez eu tenha me acostumado com a rotina, com o cansaço, com as mudanças e as diferenças.
Posso ter me equivocado uma, duas, três ou mais vezes. E pensado que meu modo de agir estava certo, e não o que me ensinaram. Algumas vezes aderi tecnicas que me ensinaram e não as que eu pensei estarem certas.
Me equilibrei, balancei as extremidades, firmei meus pés e prossegui. O trapézio me parecia um bom desafio, mas me impediram de fingir estar voando.
Senti algo dentro de mim naquele momento que queria explodir, queria se mostrar. Era algo como se eu estivesse perdendo um pedaço da minha história, deixando esse pedaço pendurado logo atrás de mim. E estava. Estendi-o pregado no meu varal de histórias infantis.
Deixei que aquele sentimento se esvaísse sem medo de que me olhassem espantados. Me acalmei, analisei e percebi que as coisas sempre mudam, mas os dedos ficam. E aqueles pequenos anéis que se foram vão ser guardados e lapidados ao longo dos anos. Vou olha-los sobre cuidados de uma outra pessoa e lembrar de como se encaixavam perfeitamente em minhas mãos.
Talvez seja a hora de dar um passo curto e esperar que meus pés se acomodem com o degral estreito. E então vou olhar para o degral abaixo de mim e abrir um sorriso - nem grande, nem pequeno - mas sincero. Porque eu tenho certeza que valeu muito à pena. Valeu mesmo.
Children don't stop dancing! Believe, you can fly away.

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