terça-feira, 21 de junho de 2011

Todos os dias ela se deparava com a mesma pessoa e a cada dia era como se a beleza daquele rosto fosse se renovando e a surpreendendo mais e mais. Era encantador presenciar uma risada que fosse, um sorriso sincero, aquele olhar que lhe fazia perder a noção do tempo e do espaço. Por apenas alguns segundos observando sua passagem era um dia todo imaginando como seria se aquela admiração toda pudesse ser revelada.
O perfume era algo que ficava marcado no ar, impregnado em seu olfato, e repente ele estava lá para a atormentar a pequena adolescente que vivia a fazer seu trabalho, nada mais que isso, a não ser sonhar.
Mas os lábios que desejava, não podiam ser tocados.
Hoje em dia, toda essa sensação já não é mais sentida, ela não se depara mais com seu amor impossível todos os dias.
Mas quando o ver passar caminhando pela cidade, ou entrando em seu carro, sua respiração desacelera, se intensifica rapidamente e o coração se lembra de tudo, nos mínimos detalhes.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O que eu estou de fato fazendo aqui? Por onde eu começo? Será que posso começar? Como faço isso? É de desanimar vendo tantas interrogações pelo caminho. Mas que caminho? Eu já nem me sinto mais em movimento, sinto que estou parada esperando por algo que nunca chega, algo que nem sei o que é. É tudo tão vazio, tão silencioso... é uma onda de nada que me carregou e me trancou sozinha numa ilha de incertezas.
Sabe-se lá o que será de mim.