domingo, 28 de novembro de 2010

Longe daqui - Jay Vaquer

Os pais de sua namorada exigiram o fim daquela relação
que já durava cinco meses de muito carinho e reprovação
Sempre que se chateava cortava os braços com gilete pra chamar atenção
Tinha carência afetiva, achava que seus pais gostavam mais do irmão...
Um dia olhou pela janela, imaginou como seria o seu vôo até o chão
Mas quando pensou na sujeira que ela causaria..
desistiu, foi ver televisão
Tinha que engravidar, criar, envelhecer, morrer... Como todos esperavam!
Tinha que renunciar, agradar, obedecer, vencer... Como todos desejavam!
Até que ela partiu, ela partiu pra bem longe
Pra distante o bastante pra suportar
Ela partiu, ela partiu pra bem longe
Tão distante parada no mesmo lugar
Ela partiu...
Ela partiu ao meio
Ensaiou o que diria se um dia fosse artista homenageada no Faustão
Enxugaria as lágrimas, abraçaria amigos e a mãe teria o seu perdão
Voltando a realidade, ela encontrava um quadro que não tinha muita solução
Se achava velha, muito nova, gorda ou muito feia
Sempre inadequada pra situação...
Tinha que engravidar, criar, envelhecer, morrer... Como todos esperavam!
Tinha que renunciar, agradar, obedecer, vencer... Como todos desejavam!
Até que ela partiu, ela partiu pra bem longe
Pra distante o bastante pra suportar
Ela partiu, ela partiu pra bem longe
Tão distante parada no mesmo lugar
Ela partiu, ela partiu pra bem longe
Pra distante o bastante pra suportar
Ela partiu, ela partiu pra bem longe
Tão distante, onde nunca deixou de estar
Ela partiu... Ela partiu ao meio.

Expresse-se

Pessoas que se refazem a cada dia me atraem. Mil e uma faces aleatórias em uma só vida. Daquele tipo de gente que não se importa se a blusa escolhida é a última moda em paris ou a calça é da marca mais top do mercado, que não ligam se o cabelo tá meio zuando uma vez ou outra e que só se arrumam esplendidamente quando querem, apenas pelo fato de estar bem consigo mesma. Me encanta coisas diferentes da que estamos acostumados a ver na tv, quem combina cafona com sofisticado, retrô com novidades, quem transpassa através de seu estilo, seus sentimentos, pois são eles que, de fato, importam.
Seja quem você quiser - menos uma Barbie Girl. Lembre-se de que ela é uma bonequinha linda, mas o que as crianças costumam fazer com elas mesmo?


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Happiness


Gosto de músicas diferentes, daquelas que a minoria conhece e costuma ouvir antes de dormir. Começo a dançar sozinha em meu quarto as vezes, sentindo a vibração sonora passar por meu corpo, a vontade de soltar minhas energias e sentir cada veia pulsar, meus pulmões impaciente por oxigênio e minha garganta sedenta de água. Sorrio antes que a sensação vá embora e me ponho a ver tevê.
Quando a obra é muito boa, eu me interesso, não sou uma fiel leitora, escrever me chama mais atenção do que a leitura, talvez por eu ser tão faladeira e ansiosa. O sono muitas vezes não é meu amigo, em dias de escola e trabalho, durmo pouco, umas 6 ou 7 horas no máximo, mesmo assim ainda tenho pique para aguentar o resto do dia firme e forte, carregando um peso considerável nos ombros sem reclamar, pois no fundo, isso me faz bem, ter uma ocupação e tal.
Ah! E eu amo... Amo muito e intensamente, sempre serei uma apaixonada romântica incorrigível, eu me doou com tanta veracidade que mal consigo mentir para mim mesma diante do espelho. Acho o amor a coisa mais importante desse mundo, ele é tão importante... Veja só, ninguém consegue o ver, ele sempre tem de escolher pessoas para se manifestar, não é de fato uma coisa, não é concreto, mas é capaz de machucar cruelmente alguém sem ao menos derramar sangue por conta própria. E digo mais, tem um poder de persoasão incrível, ninguém é capaz de sobreviver sem ele, por menor porcentagem que seja. Por isso eu amo, e me entrego de corpo e alma, se não pode com ele, junte-se a ele não é? Prefiro assim a viver amargurada pelo resto da vida.
Sou feliz. De verdade, aquela felicidade que te faz sorrir na pior das situações, sonhando com boas e novas mudanças. Sou feliz por ter uma vida que muitos gostariam de ter, sou feliz por querer mudar o futuro que dizem ser escrito nas estrelas. Borracha ou corretivo, tenho os dois, nada de desculpinhas esfarrapadas de que nada posso fazer a este respeito. Sou feliz e fraca, mas sei que posso ser forte, o quanto e quando eu quiser.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

E a geração coca-cola, cadê?

Não é que eu não goste das novas músicas que andam tocando por aí, fora a febre colorida é claro. Essas que nos envolve em uma batida contagiante e instiga em nós a loucura de sermos apenas nós mesmos, dançando e nos jogando por onde quer que seja, tomando todas e rindo da vida. Mas é que as vezes sinto falta daquela boa e velha música.. A tal da MPB.
Aquele toque suave e musicalizado com letras que valiam a pena escrever, que sempre valerão a pena aprender. Canções que continham propósito e muitas mensagens nas entrelinhas - que muitos não conseguem enxergar. Letras que não eram apenas uma baladinha romântica ou um chorinho despreocupado, um sambinha que nos faziam mexer os pés, um rock de três acordes. São músicas que foram eternizadas e que eu tenho muito orgulho em dizer que fazem parte do meu set list e fico extremamente feliz por, pelo menos, não ser a única.
Não é velharia, não são coisas ultrapassadas. Isso é história,
meu caro amigo. E das boas...